terça-feira, 26 de julho de 2011

Número par

Já faz tempo que descobri que crianças juntas para brincar, somente se for número par! Nas férias, é ainda mais comum chamar as amiguinhas(os) dos filhos para brincar em casa. Nunca deixe número ímpar, que dá briga (ou melhor, dá mais briga). É isso mesmo, prefira dois ou quatro a três. Por que? Porque sempre terá duas se juntando e uma ficando de fora. Se for uma dupla, pronto. Se forem quatro, também, crianças costumam se juntar em duplas. Já fiz essa experiência algumas vezes em casa e agora virei uma pessoa número par!

sábado, 23 de julho de 2011

Dei à luz, mas está tudo escuro...

Minha mãe me contou que há mais de 40 anos, quando deu à luz a sua primeira filha, alguns dias depois do parto, ainda na maternidade (naquela época a mulher ficava 7 dias internada), começou a se sentir mal, com uma vontade incrontrolável de chorar, de não ver ninguém... Não sabia o que estava sentindo e sua mãe perguntava para ela: "Mas porque você está assim, acabou de ter uma filha linda!". E ela ficou lá, dias se sentindo mal e teve de aguentar firme, até aquela sensação horrível passar, quase 30 dias mais tarde. Quando tive minha primeira filha, cheguei em casa 3 dias após o parto e no dia seguinte comecei a me sentir mal. Chorava sem parar, sentia um aperto no peito... Segurei a onda e em uma semana, passou. Assim como veio, foi embora. No meu segundo filho, no terceiro dia depois de dar à luz, comecei a me sentir mal, ainda na maternidade. No dia seguinte, quando ia ter alta, fui piorando... Tomei uma decisão e falei para meu obstetra o que estava sentindo. Ele explicou que era normal, que era hormonal e perguntou se eu queria tomar algo para aliviar os sintomas. Disse que queria, pois estava com uma angústia horrível, uma vontade incrontrolável de chorar, a impressão de que havia uma nuvem cinza em cima da minha cabeça que não em deixava enxergar direito... Comecei a tomar o remédio. Tomava um de manhã, passava o dia bem, mas quando chegava o fim do dia e o efeito passava, pronto, começava tudo de novo. Só podia ficar com meus pais e meu marido. Não podia ver mais ninguém. Só em pensar em uma visita me dava desespero! Liguei para o obstetra e, aos prantos, perguntei se podia aumentar a dose. Não queria ficar daquele jeito e também não queria minha filha mais velha me visse sofrer (estava cada dia mais difícil disfarçar). Ele disse que eu poderia tomar dois comprimidos por dia, de manhã e à noite. Resolveu! Tomei o remédio por 40 dias e então resolvi tentar parar. Consegui, a depressão tinha passado.

Compartilho aqui esta minha experiência pois descobri como é comum dar à luz e ficar deprimida depois. Algumas mulheres têm depressão até mais forte, chegam a rejeitar o bebê. Uma amiga minha ficou como eu, tomou o mesmo medicamento e melhorou. Depois dela, soube de diversas outras amigas e conhecidas com o mesmo problema. Atualmente tem solução, o remédio não faz mal, pode ser cortado a qualquer momento (não é daqueles antidepressivos que precisam ir diminuindo a dose progressivamente) e até aumenta o leite materno. Não é preciso sofrer mais e, diferentemente da época de nossas mães, todo mundo entende o que está acontecendo. Cuide-se e seja feliz com seu bebê no colo!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

De volta das férias

Depois de mais de uma semana com as crianças, de férias, estamos de volta para casa e para o blog... Férias é ótimo para as crianças, pois elas descansam, sentem saudades da escola, dos amigos, das regras do período escolar... Mas para as mães, muitas vezes, é um período complicado, principalmente para as que trabalham fora. Muitas escolas oferecem atividades nas férias, mas confesso que acho que durante as férias as crianças devem ficar longe da escola. E talvez seja o melhor momento para aproveitar casas que também oferecem brincadeiras para as crianças, como a Aprontando uma, Familiarte e o Ateliê Artes e Movimento. Já frequentei algumas atividades no Aprontando uma (como a dança materna) e vou inscrever minha filha nos cursos do Ateliê Artes e Movimento (superdivertido!).

Fora isso, quem tem a possibilidade de deixar o filho passar uns dias com a avó, a tia, uma amiga chegada, também é bacana. A minha ficou uma semana com a avó e as primas, sozinha, e voltou superfeliz! Acho saudável ainda a criança ficar em casa e poder fugir das regras... Fazer e comer brigadeiro de colher com os pais (mesmo que seja à noite), dar banho nas bonecas no balde na área de serviço (a minha está morrendo de rir lavando suas bonecas no quintal), enfim, inventar. É importante a criança entender o real significado de férias (até para não virar um adulto que abre mão das suas pelo trabalho!). Férias, acima de tudo, é o momento das crianças relaxarem, se divertirem e se lembrarem para sempre delas...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mãe, o que é governo?

Quem tem filhos pequenos se depara de vez em sempre com perguntas como a do título deste post. E quem tem filhos grandes, se depara com perguntas bem mais cabeludas, tenho certeza... Mas bom, minha filha de "praticamente 5 anos" (como ela gosta de dizer) veio com esta pergunta, já que a palavra governo fazia parte de uma história que estava contando para ela. Claro que pensei vários minutos antes de começar a responder, expliquei diversas vezes e ela não entendeu nada. Conversando com uma amiga minha, mãe de uma colega da minha filha da escola antiga dela, Quintal do João Menino, ela me disse que passava pela mesma coisa, não sabia como explicar coisas que absolutamente não fazem parte do universo de uma criança de 4, 5 anos. Mas ela foi esperta e perguntou na escola o que fazer. Seguem as instruções da professora, sábias, pois já comecei a usar e está dando certo:

1) Se a pergunta vier por causa do contexto de uma história que está sendo contada, como foi meu caso, o melhor é mudar a palavra, usando um sinônimo mais simples. Se não for possível, como no caso de governo, deve-se mudar a palavra por outra que não seja exatamente a mesma coisa, mas faça sentido na história. Exemplo: falar vizinhança ao invés de governo;

2) Se a pergunta vier do nada e for algo complicado, os pais podem ou fingir que não ouviram e mudar de assunto ou dizer a frase mágina: "não é da sua conta, nariz sem ponta";

Até quando se deve usar esse método? Até a criança ter idade para entender o significado de palavras e/ou conceitos mais elaborados. Pois, claro, se a criança perguntar o que é "compromisso", como já aconteceu aqui em casa, dá para explicar.